quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Por que se odiar?

Odeio o racismo. Acho-o chulo e incompreensível.
Não consigo compreender como traços físicos e cor de pele servem de indicativos de capacidade, caráter e inteligência.
Estava assistindo a uma retrospectiva em um canal de TV aberta e vi uma matéria sobre declarações racistas contra a filha adotiva do ator Bruno Gagliasso, Titi, de apenas dois anos. A menina é negra e recebeu insultos pesados no Facebook.
O ator prestou queixa à polícia sobre racismo. E os policiais encontraram a autora das ofensas. Pasmem: era uma menina de 14 anos, que mora em uma comunidade de baixa renda e que é negra.
Segundo apurei, a mesma menina foi autora de ofensas racistas contra a cantora Gaby Amarantos.
Talvez eu odeie mais a educação capenga do Brasil que não se presta a criar valores coerentes em crianças.
Não consigo entender esse ato: a adolescente se odeia tanto a ponto de ofender personagens midiáticos que sejam de sua cor? Segundo noticiários, essa menina não demonstrou arrependimento por ter agido desta forma.
Em que sociedade de direito podemos viver, se não temos noção de direito, ou seja, acreditamos que nosso direito é soberano e vai acima dos direitos de outrem?
Que sociedade tosca é esta, em que odiamos nosso semelhante, mesmo sem conhecê-lo, simplesmente por refletir nele as frustrações a que somos expostos e sofremos?
Este lado obtuso de nossa sociedade, essa realidade vergonhosa deveria ser mudada e é por isso que cabe a cada um de nós fazer o mundo ser um lugar melhor.
Calar-se diante dessas situações é aceitar o erro. Não vamos ficar quietos diante do racismo e do preconceito. E ainda defendo a educação de qualidade como a arma que vai extinguir esse cancro.
Mas não me refiro a educação de colégios pagos, porque estudantes desses colégios também incendeiam índios ou se acham superiores.
A educação deve ser profunda. Formar poetas, leitores de sentimentos, agentes modificadores da sociedade que fomentem valores adequados e bem distintos daqueles da época da vovó que dizia que "passou das seis horas já é noite".
Bem disse Voltaire: "Os preconceitos são a razão dos imbecis".



segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Experiência de solidão

Pensei muito para poder escrever este artigo. É sobre uma experiência que estou fazendo e que devo advertir: não tente fazer isso. Eu a chamo de experiência de solidão e não darei sobre ela detalhes maiores do que estes que serão escritos aqui.
Como poeta, tenho aquele problema de sensibilidade aumentada. Tristezas e alegrias são multiplicados por 10 ou 100 vezes...
Pois bem. Agora imagine uma situação em que pessoas (cerca de 200 ou 300) que fizeram parte de sua vida por 15 anos e por quem você estaria disposto a dar sua própria vida (e elas também a delas por você) de um dia para o outro parassem de falar, conviver, olhar e sequer cumprimentar você.
Contudo, a convivência com elas ainda existe, ao menos duas vezes por semana, em sessões de duas horas. Isso mesmo: duas horas em um local onde ninguém o cumprimenta, ninguém olha para você, ninguém conversa com você (isso embora entre todos a conversa é animada e a convivência muito cordial).
Eu chamo a isso de experiência de solidão e de sensação de invisibilidade. Eu com quarenta anos me sujeitar a um garotinho de cinco anos que vinha sempre me cumprimentar e que agora passa do meu lado olhando para o chão.
Para alguns pode parecer uma experiência estranha, algo que não acontece. Mas acreditem, é algo até certo ponto comum em determinados locais. E em locais onde se prega o "amor".
E nessa experiência, com minha sensibilidade aflorada, sinto a cada encontro uma pontada no peito por não poder sequer sorrir para pessoas de quem gosto. Não poder segurar na mão de velhos companheiros. Não posso dar um tapinha nas costas ou um abraço em pessoas que sei que gostam de mim mas que, devido a essa experiência, não podem se relacionar comigo.
Conheci um novo tipo de sofrer, um sofrer que pretendo explanar em palestras futuras. Cada dia que participo dessa experiência, duas vezes por semana, todas as semanas, sinto no coração uma dor que chega a quase ser física. E se isso tem me valido a pena é apenas para fortalecer minha humildade, pois essa sujeição a ser ignorado dá uma força incomum se a gente consegue suportar o desprezo.
Minha válvula de escape é encontrar alguns amigos na academia Sport Life (com os quais não compartilho minha experiência) e desfrutar de um pouco de alegria e sorrisos. Se não fosse isso, eu ensandecia.
A experiência continua, e mantenho-os informados dos resultados que sobrevirão a mim.
Só destaco duas certezas. A primeira, é que não se deve aplicar o tratamento que funciona para um em todas as pessoas, pois há pessoas que não suportam o que outros conseguem aguentar.
E segundo, e mais importante, é que entendi o que o ator Robin Williams queria dizer com a frase: "Eu pensava que a pior coisa na vida era acabar sozinho. Não é. A pior coisa na vida é acabar cercado de pessoas que fazem você se sentir sozinho".

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Só comigo

Já se sentiu só mesmo estando em meio a uma enorme multidão?
Parece uma realidade triste, mas quando vejo o que os grandes escreveram, sou obrigado a mudar de opinião.
Fernando Pessoa, por exemplo, disse que "a liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo". Então, segundo Pessoa, eu consigo ser livre em meio às tentativas de prisão que me impõem.
De repente, leio Drummond escrevendo: "Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer", o que me prova que estou seguindo o rumo natural da vida.
O que as pessoas não conseguem entender é que há certos assuntos que, por mais que procuremos com quem conversar, somente em nós mesmos é que vamos conseguir encontrar as respostas.
Há momentos em que não precisamos de pessoas que nos julguem, que nos condenem, que nos orientem, e nem mesmo que nos entendam. Não precisamos ter razão. O que precisamos é de alguém que sinta o que sentimos e, como cada pessoa (afora os poetas) não entendem muito de sentimentos alheios, temos de ficar a sós conosco.
Vou citar um exemplo: conheço uma variedade de pessoas que vai me acusar ou fazer mal juízo por eu citar a seguinte frase de Epicuro: "É estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho". Vão achar que virei politeísta, quando somente citei esta frase para defender a ideia de que preciso agir também em meu benefício, em vez de apenas deixar aos cuidados de meu Deus os tratos a meu respeito.
A verdade liberta, mas quando se entende somente meias verdades, morre-se ou aprisiona-se num lamaçal de ignorância, julgando a outros com base em ideias pré-concebidas e implantadas como verdadeiras.
Não há com quem eu conversar. Simplesmente porque eu só posso conversar comigo. E não porque eu seja melhor que todos. Mas porque somente eu sei entender o que sinto e caberá a mim saber digerir a acre farofa de sentimento + pensamento que se formou em mim.
Só para exemplificar novamente: é claro que NINGUÉM gosta de ir a velórios. Mas somente eu sei o que acontece comigo a exatos três dias depois de eu ir a um. Sei que NINGUÉM gosta de ir a hospitais. Mas somente eu sei o que é não voltar inteiro e deixar metade de sua persona encalacrada nas paredes hospitalares depois de visitar alguém internado.
O texto de hoje até parece complicado. Mas é meu... sou eu resolvendo comigo.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Um péssimo frentista me ensinou

Mesmo que seja um cacto, alguma coisa de boa pode surgir em um deserto onde nada de bom parece criar vida.
Ontem, especialmente à tarde, tive momentos péssimos: depois de uma hora junto a pessoas que sequer me olhavam no rosto (o que está acabando comigo, mas há de me fazer forte) fui abastecer meu automóvel. Por comodidade, fui a um posto no caminho de casa, localizado na "Avenida" de minha cidade.
Cheguei lá, nove e meia da noite, entreguei a chave e pedi R$ 40,00 de gasolina. O frentista, conversando com os outros, pegou a chave e colocou R$ 50,00. Eu ainda gritei avisando que eram só R$ 40,00 mas ele retrucou por duas vezes: "você falou cinquenta", como se eu não soubesse o que havia dito.
Feito isso, ele foi pegar a máquina de cartão resmungando: "eu passo quarenta, dez reais não vão fazer falta para mim, eu pago" (como se o emprego dele também não fizesse falta, caso eu conversasse com o dono do posto).
Enfim, ele passou os cinquenta (ainda resmungando e falando que não merecia uma coisa dessas naquela hora da noite), eu paguei integral os cinquenta reais e fui para casa pensando no que pude aprender desse ocorrido.
Fiquei contente de ver que, mesmo depois de uma sessão estressante de desprezo que sofri momentos antes, eu ainda tive energia suficiente para não perder a cabeça a ponto de xingar o mau frentista.
Não falei uma palavra obscena sequer, o que eu considero um grande ponto positivo.
Treinei ainda outro poder: o do silêncio. Cheguei em casa e não comentei com ninguém o ocorrido. Também não falei nada com o pessoal do serviço (sobre esse poder do silêncio, comentarei em outra publicação). Só toquei no assunto agora, para fazer este texto.
Confesso que tive pensamentos vingativos, mas controlei-me a ponto de não voltar lá para conversar com o patrão e nem fui ao Procon registrar queixa contra o posto.
Há um ditado popular que diz: "dos limões que ganhei da vida, fiz uma limonada".
A minha ainda saiu um pouco azeda, mas confesso que fiquei satisfeito com minha reação. Estou crescendo, estou me desenvolvendo.
Faça isso: não exploda com as situações, veja o que pode melhorar e veja o que aprendeu delas. Assim fazemos um mundo melhor para as outras pessoas, mesmo que estas sejam péssimas frentistas.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Vi um gigante sofrer

Em nossa vida social, conhecemos diversas pessoas, das mais diferentes situações, emoções, sensações e comportamentos.
Uns são mais achegados; outros, mais distantes.
Tenho um amigo que é muito boa pessoa: responsável, boa pinta, bom caráter, de confiança, o que chamamos popularmente de "gente fina".
Chama a atenção nele que, devido a seus treinos e dietas bem regrados, este meu amigo virou um gigante: músculos bem definidos, um cara enorme.
Quem o vê todo forte imagina que ele é pau para toda obra, que nada o derruba, que ele sozinho dá conta de todos os recados.
Até que ele sofreu uma imensurável perda em sua vida: a mãe, após um ano de tratamento quimioterápico, sucumbiu à doença.
E eu vi um gigante caindo na tristeza da separação de alguém a quem amava.
Não poderia ser diferente em alguém tão ligado à família, tão ligado à mãe.
E foi nesse momento que vi o gigante sendo amparado pelos amigos.
Vi neste momento a importância daquilo que sempre ensino nos meus textos: temos que lutar para fazer o bem aos outros, pois o mundo nos recompensa.
Meu amigo não estava sozinho, havia muitos ombros para ele, havia muitas mãos estendidas. O bom rapaz, que sempre ajuda os outros, estava agora amparado por muitas mãos.
Façamos nosso melhor para mudar o mundo, para tornar o mundo melhor e para ajudar os outros.
Esta é nossa missão única e exclusiva. Viver em prol do melhor para os outros.
Fazendo assim, tenha certeza, nunca estaremos sozinhos.
Meu amigo em breve estará novamente em pé, com todas as forças, com aquele sorriso e animação que contagiam e nos fazem tão bem!
E esta é uma homenagem a você, grande amigo Parolin, meu treinador Mestre Parola!

Parolin, ao centro, com os amigos Alvinho (esq.) e PC Chiorato (dir.)



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Tudo é por sua causa

Há pessoas que parecem viver em uma ilha paradisíaca dentro de um mar de rosas. Outras parecem que construíram sua casinha no olho do furacão e aos pés de um vulcão ativo.
Então surge aquela dúvida: porque essa injustiça de haver um mundo rosado para uns e um mundo cinza para outros?
A resposta é simples: tudo o que acontece na sua vida é mérito ou culpa sua! Mais justo que isso é impossível.
Claro que nenhuma pessoa pediria para passar por dificuldades quer financeiras, emocionais ou qualquer que seja. Mas, inconscientemente, a pessoa se programa para viver uma vida, quer seja uma vida top ou uma vida medíocre.
Se eu coloco em minha mente que uma vida simples é o meu destino e que ser rico e bem sucedido é para os outros (para os que não serão divinamente salvos) eu vou viver minha mediocridade pelo resto da vida.
Se, por outro lado, eu acredito que serei uma pessoa bem sucedida, com dinheiro e ainda terei a salvação, se eu me libertar de todos os paradigmas impostos por filosofias fundamentalistas ou ditos popularescos, a minha vida vai dar um salto qualitativo, com certeza.
Não fomos criados para sofrer, não estamos aqui para pagar pecados, nossa missão não é viver em humilde miséria.
Temos por missão mudar o mundo, fazendo-o um lugar melhor, ajudar as pessoas e de lambuja sermos felizes.
Seu casamento não dá certo? Culpa sua!
Está atolado em dívidas? Culpa sua!
Seu emprego é ruim e, ainda por cima, corre o risco de perdê-lo? Aceite que foi escolha sua.
Não culpe a crise, o cônjuge, o patrão, ou os anjos tristes por causa de seus problemas. Você os escolheu e o pior: escolheu também permanecer nesses problemas e não querer mudar para ser feliz.
Como disse o político norte-americano William Bryan: "Destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha; não é uma coisa que se espera, mas que se busca".


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A "posse" mata

Deparei-me ontem com uma frase de Osho que é quase auto explicativa: "Se você ama uma flor, não a colha. Por que se você colhê-la, ela morre e deixa de ser o que você ama. Então se você ama a flor, deixe-a estar. O amor não está na posse. O amor está na apreciação".
O sentimento de posse sobre aquilo que amamos é negativo e destrutivo.
Sufocado, o ser amado vai definhando em seu interior, na preocupação de que "isso magoa", "aquilo magoa", "não posso fazer assim", "tenho que fazer desse jeito".
E esses gatilhos mentais e emocionais tornam a pessoa escrava daquela que a possui. Isso suga energias, drena a liberdade que nos foi divinamente presenteada, faz-nos definhar quanto seres pensantes.
Então, se eu amo dou a liberdade do ser amado estar comigo porque quer, porque se sente bem, porque deseja estar ali. Não posso encoleirar a pessoa, como se fosse um cão que, se não ficar preso no quintal, sai a revirar lixos na vizinhança e se estranhar com outros vira-latas.
Quem já ficou sentado no quintal ou no jardim já deve ter vivido a experiência de ver um pássaro chegar para ciscar bem pertinho. Ele fica ali, olhando para você, pulando para lá e para cá. Mas ao menor sinal de que queremos pegá-lo, ele foge. É assim que funciona. O amor está na apreciação.
E quem é amado precisa sim respeitar aquele que o ama. Porque o amor é o maior presente que se pode ganhar e ele tem um custo muito grande para quem o dá.
Sendo assim, é preciso ter o cuidado de não magoar aquele que ama e confia em nós porque, afinal, se também amamos essa pessoa, também a apreciamos.
Amar é deixar livre. Ponto final.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Tempo de depressão

Mais um ano caminhando para seu término, festejos natalinos despontando. Luzes, presentes, comida saborosa, presença de familiares e amigos, troca de cartões.
Mas já se perguntou por que esta época gera tanta tristeza, se é repleta de motivos de alegria?
Realmente, o período compreendido entre Finados e Natal é uma época que causa mais tristeza no ser humano, por diversos motivos.
Eu achava que somente eu sentia isso, mas é muito comum o ser humano se entristecer no último quadrimestre dos anos.
Primeiro, por uma questão de estação (outono e inverno) o sol está mais distante da terra, o que dá a sensação de queda de energia. Nossas baterias parecem estar se descarregando com mais rapidez  e fica mais difícil de encontrar forças para realizar tarefas.
Outra causa dessa tristeza são as datas. Na época de Finados, as pessoas se  relembram de amigos e parentes que faleceram. É uma época que também nos faz pensar o quanto somos pequenos, pois de um momento para outro nossos sonhos e atividades podem ser interrompidos por uma doença, por um acidente ou por uma fatalidade.
Hoje temos tantos sonhos, obtivemos tantas conquistas, temos tanto por fazer, e amanhã tudo fica para trás.
O Natal também é uma comemoração triste. Por ser uma festa que costuma reunir a família toda, a cada ano ela tende a relembrar as pessoas que já partiram. O vovô que se vestia de Papai Noel e era a alegria das crianças agora não está mais entre nós. A mamãe que sempre dava o mesmo presente apenas com cor diferente e que todo mundo ria e se divertia. O tio que contava as piadas. As pessoas vão faltando e a sensação de vazio aumenta.
Sendo assim, se você percebeu que está mais triste nesta época, não se preocupe, é normal. Procure realizar atividades que o animem, mantenha-se focado e não deixe a tristeza tomar conta.
E fuja da cama!
Muito cuidado para não nos deixarmos afetar pela tristeza pois, como escreveu Gustave Flaubert: "Cuidado com a tristeza. Ela é um vício".


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Tédio mata. Novidades revivem!

Claro que há pessoas que são extremamente conservadoras a ponto de não querer mudar os hábitos. Levantam-se no mesmo horário, fazem as mesmíssimas atividades, na mesma sequência, ritmo e frequência.
Essas pessoas devem amar a música cotidiano, de Chico Buarque: "todo o dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã; me sorri com um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã".
Mas convenhamos que não é porque a terra gira em torno de seu próprio eixo que nós também precisamos viver sempre realizando nossos mesmos movimentos.
Inovar tem um papel renovador em nossa vida. Deixar de fazer algo, substituir uma atividade por outra, dizer "olá, como vai?" em vez de "oi", tudo vale para mudar um pouco nossa frequência e, com isso, colocar um pouco mais de  energia em nossa vida.
O tédio é um agente mortífero. A gente perde a vontade de viver quando fica repetindo sempre a mesma coisa, vez após vez. Tornamo-nos previsíveis, chatos, sombrios, más companhias.
Por isso é preciso colocar sempre algo novo em nossa vida: uma nova atividade, um novo emprego, uma nova aventura, um novo desafio, um novo desejo, um novo amor.
Aprender algo que nunca sonhamos em praticar, treinar um esporte que não sabemos sequer as regras, ter o propósito de sorrir para todas as pessoas com quem nos encontrarmos (puxar conversa com alguns desconhecidos).
Criar raízes é muito bom, quando se é uma árvore.
Águias precisam voar. Só assim, livres e altaneiras é que estas aves conseguem ser rainhas, ser majestosas, ser supremas.
Liberte-se! Permita-se! Corte suas raízes e veja que é possível viver de ar e movimento, de inovações e emoções.
E façamos um trato: tome um expresso com chantilly em minha homenagem hoje. Por que? Ora, porque você pode!


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Saiba lidar com poetas

Poeta não é aquele que escreve. Poeta é uma pessoa com um grave problema de sensibilidade à flor da pele. Seus sentimentos não conseguem ser escondidos. Se ele não fala, seus olhos gritam, ou seus gestos, ou sua feição.
O poeta sente demais e esta hipersensibilidade emocional e sentimental machuca.
Para explicar melhor: quando chove, ao poeta a chuva não é um som bom para ninar. A chuva é um sussurro, e fica repetindo uma frase, um nome, uma palavra.
Cuidar é uma palavra que está grifada e em maiúsculas no dicionário
dos poetas. Eles querem bem, fazem o bem, preocupam-se, elogiam despretensiosamente, acarinham com o olhar, sorriem quando olham para eles.
Poetas medem as palavras quando conversam, querem ser galantes, corteses, agradáveis. Não fazem isso para criar boa impressão, mas fazem porque sabem que isso deixa os outros felizes e faz bem às pessoas.
Ao ir dormir, um poeta fica pensando na pessoa que conheceu e de quem gostou.
Os poetas escrevem, ou pintam, ou compõem, ou esculpem, ou fazem qualquer coisa para tornar feliz as pessoas a quem gostam. Fazem por prazer, não por interesse.
E eles se alimentam de sorrisos e de boas palavras.
Assim sendo, para se lidar com um poeta, fica somente uma recomendação: não os tratem como um qualquer, com palavras ásperas e impensadas. Eles sentem e se machucam.
Um "você que sabe", um "tanto faz", um "tá". Ser áspero-monossilábico quando o poeta elogia é uma atitude covarde para com alguém que lida com você desarmado e sem maldade.
Só isso. A vida já faz o poeta sofrer por si só. Não precisa de sua contribuição. Trate bem os poetas, aqueles de sensibilidade aflorada. Eles agradecem, e o universo todo também.
E para pensar, fica um versinho de Fernando Pessoa:
"Não tenho ambições nem desejos.
ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho". 

Seja mais atraente

Sim, concordo plenamente que devemos sempre manter perto e permitir que participem de nossa intimidade as pessoas que gostam de nós como realmente somos. Concordo ainda que não devemos ser quem não somos apenas para conquistar uma amizade, porque nada duradouro vai se fundar em cima de mentiras.
Mas tornar-se atraente para que as pessoas se sintam bem ao estarem conosco é quase uma obrigação. Ninguém gosta de estar com uma pessoa repulsiva, de má apresentação, sem encantos. E há dicas para se tornar mais atraente que não mudam necessariamente o ser essencial da pessoa.
Vamos a elas.
Primeiro, sorria. O sorriso realça a beleza de qualquer pessoa, transmite uma energia positiva.
Também procure dormir o suficiente. Uma pessoa que não dorme bem fica menos atraente.
No campo da conquista, procure usar vermelho. Essa cor dá uma ideia de virilidade ao homem e de fertilidade à mulher. É uma cor que seduz.
Evite a preguiça e a má postura. Quem anda com os ombros caídos, coluna torta, todo relaxado, passa a impressão de desleixo. É sem dúvida menos atraente e passa uma ideia de ter pouca convicção.
A barba é uma armadilha. Se ela estiver bem feita, transmite força e vigor. Um rosto liso e limpo também. Mas a barba por fazer e desleixada prova o contrário.
Estar com animais também torna a pessoa atraente, principalmente passear com o pet.
E por fim, evite o estresse. Cada pessoa já vive seu grau de estresse do dia e não precisa de outro estressado aumentando a cota de más sensações.
Pronto. Seguir estas dicas ajuda muito a ser uma pessoa mais agradável. E fica mais fácil interessar-se e querer estar perto de alguém assim.
Mas não se esqueça de que é preciso ir mais fundo nas relações interpessoais. Não é porque a pessoa é linda que terá de bônus todos os demais predicados de uma pessoa ideal. Como disse Friedrich Schiller, "Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência".


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O amor do falcão e da carpa

Muitas vezes vemos casais que se separam apesar de notarmos que ambos se amam e continuam se amando. Pior: sofrem pela separação.
Há uma história que fala do amor de um falcão e de uma carpa. Eles se amavam muito e queriam viver juntos.
Então o falcão falou: "Minha amada carpa, vou pegá-la e trazê-la comigo para os céus e veremos todos os dias o pôr-do-sol e viveremos felizes para sempre".
A carpa foi com o falcão, mas sentiu que não conseguia respirar, por mais esforço que fizesse. Por fim, suplicou que a soltasse para voltar a respirar nas águas, senão morreria.
Depois que se recuperou, a carpa falou: "falcão, eu te amo. Venha para dentro do lago viver comigo, poderemos ser felizes para sempre".
E o falcão mergulhou e tentou ficar debaixo d'água o máximo que pôde, insistiu além de suas forças e, por fim, desfaleceu e acabou morrendo afogado ao lado de sua amada carpa.
A triste moral desta história é que, às vezes, duas pessoas podem se amar de verdade, mas se os dois viverem em mundos completamente distintos, será impossível viverem juntos, por mais esforços que façam. Um sempre vai acabar se machucando, se maltratando, se ferindo, para ficarem juntos.
Temos de ter bem em mente que, se não deu certo, pode ser porque a vida de um dos dois estava em perigo, pois viver em um mundo diverso do seu e no qual é impossível se adaptar, oferece um risco real.
E a culpa não é de nenhum dos dois. A situação é assim e exige.
Assim, em se tratando de amores impossíveis, consideremos três pontos: primeiro, vejam se o amor traz a sabedoria para ambos se adaptarem; segundo, se o amor remover montanhas, insista nele e, por fim, se o amor estiver matando você aos poucos, caia fora.
Sarcasticamente, fica a frase do Marquês de Maricá: "As nossas necessidades unem-nos, mas as nossas opiniões separam-nos".





sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Quando seremos independentes?

Certo dia, às margens do Ipiranga, D. Pedro I bradou: "Independência ou morte".
Claro, referia-se ele à independência relativa a Portugal, país que dominava o Brasil até então.
Mas estive pensando e, sem querer polemizar, fico abismado da necessidade do ser humano de ser dependente: afetivamente, socialmente.
Temos uma necessidade inata de sermos aprovados em nossas ações. Neste quesito, independente de termos a liberdade de tomar nossas próprias decisões, insistimos em que a maioria aprove o que decidimos.
Vejo o facebook (terreno fértil e ao mesmo tempo improdutivo) fervilhando de comentários pró e anti aborto. Apesar de eu ser fervorosamente contrário a esta prática, fico em dúvida do porquê proibi-la, uma vez que gritamos "independência ou morte".
A sociedade atual nos encaminhou por veredas de promiscuidade e sexo desenfreado, com músicas, programas televisivos, entrevistas, clipes repletos de conotação sensual ou explicitamente sexual.
Talvez a ideia de que o acesso a informação fosse melhorar o controle não tenha sido bem encarada ou o tiro tenha saído pela culatra. Jovens sabem muito bem sobre sexo: sabem fazer, sabem posições, sabem o que acontece... mas não sabem prevenir, não sabem planejar e não sabem sequer para que serve (tirando "dar prazer", eles desconhecem o restante das utilidades das relações sexuais).
A discussão é enorme nesse quesito e acredito que está longe de terminar. Mas não acho que seja impondo um "pode" ou "não pode" abortar que a situação irá se resolver.
Não vai ser impedindo o aborto que este não irá acontecer. Não será permitindo-o, que se controlará a natalidade e se formarão famílias felizes.
E o meio termo seria educação, em um país definitivamente mal educado.
Mas como não escrevi este texto para solucionar, mas sim para colocar mais lenha na fogueira, encerro com a frase do escritor Albert Camus: "Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo".


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Somos um e somos vários

Vamos deixar de lado a ideia boba de que devemos seguir nossa vida em linha reta, como se em nosso peito existisse apenas um sentimento ou como se devêssemos ser sempre iguais.
Temos altos e baixos. Temos momentos de extrema alegria em que parecemos loucos de tanta alegria, e momentos de tristeza que nos deixa cabisbaixos, sem querer fazer nada.
Queremos abraçar o mundo um dia, evitar o mundo no outro.
E nossos desafios não precisam ser os mesmos sempre, senão a gente fica enfadado.
Pensando nisso, comecei a minha jornada de palestrante: fazer meu nome aparecer, conquistar um público, preparar boas palestras (uma, duas, três... várias para vários públicos), depois montar uma especial para vendedores com a qual estou trabalhando atualmente.
Também montei este blog, e conseguir mantê-lo atualizado é um desafio mas estamos mantendo e o público está me recompensando, com mais de 50 mil acessos e o número vai aumentando cada vez mais.
Junto a isso, estou lutando para conseguir conquistar um público fiel ao meu canal do Youtube Só Entre Nós. Ainda não consegui, mas estou batalhando.
Tem meu livro, que estou escrevendo e tenho que terminar logo porque já tenho proposta de uma biografia e de um documentário.
E só porque tava ficando chato, comecei com os amigos Paulo Parolin e Alvinho uma nova empreitada: o programa Café com Risada, na rádio Interativa FM 106,3 (você pode entrar na www.radios.com.br e acessar por lá em qualquer lugar do mundo).
O programa é de humor, bem diferente de meus textos e palestras. Porque eu não sou seriedade sempre e nem sempre humor.
Com quem aprendi isso? Ora, com meu sobrinho Nicolas. Uma hora ele dança quando eu canto, outra hora, eu canto e ele olha feio para mim. E tem momentos em que ele quer mais é ficar na cama comigo.
Fazer o que queremos no momento: simples assim ser feliz.


sábado, 19 de novembro de 2016

Se não define, definha!

Mais importante que tudo, é termos certeza de nós mesmos.
Não adianta fazer meditação, estudos, pesquisas ou seja lá o que for. A resposta principal você precisa encontrar dentro de você.
Somente depois de se definir, saber qual seu potencial, qual o seu gosto, o que você deseja e que o motiva é que você deve partir para suas conquistas.
O soldado mais ágil vai na linha de frente, o de melhor pontaria vai na artilharia, o mais sagaz será estrategista. A gente precisa se definir, saber o que somos e essa é a maior busca.
Quando enxerguei que eu deveria escrever e palestrar (e como eu lamento ter demorado a ver isso!) eu me levantei e comecei a agir.
Agora estou fazendo minha história nas palestras, estou com um livro sendo escrito e tenho mais dois na sequência. Comecei um programa de humor na rádio interativa FM 106,3 (quem quiser pode ouvir a rádio pela internet na radios.com.br) que vai ao ar quinta às 11 da manhã.
Eu me defini, mas ainda estou me descobrindo, eu preciso agir, preciso fazer o que gosto, preciso criar.
O que eu não preciso mais é ficar definhando na cama, triste, deprimido, achando que minha vida não tem sentido.
E você que está lendo este artigo, decida-se também: encontre-se, permita-se. Você pode ser tudo.
Quebre padrões, ultrapasse paradigmas, aceite paradoxos como opção. Diga não ao senso comum, não dê ouvidos aos bem intencionados que querem dissuadi-lo de alcançar seus sonhos.
VOCÊ PODE TUDO!
E Galileu Galilei é o autor da frase que traduz tudo o que escrevi hoje: "Não se pode ensinar nada a um homem; só é possível ajudá-lo a encontrar a coisa dentro de si".


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Em que me tornei?

Desde nosso nascimento, passamos cada segundo de nossa vida aprendendo algo, quer seja voluntariamente ou até mesmo sem perceber.
Aprendemos a evitar aquilo que nos provoca dor ou desconforto, descobrimos que há sabores, ações, canções, palavras que nos causam prazer e a esses procuramos.
E conforme crescemos vamos aprendendo cada vez mais, e de uma forma gradativamente mais apurada.
Antigamente, as meninas brincavam de bonecas para incutirem na mente de uma maneira lúdica a maternidade. Os meninos brincavam com soldados, cavaleiros, brincavam de trabalhadores ou jogavam bola, para desde pequenos terem noção do universo masculino.
Hoje a sociedade incute valores diferentes daqueles de antigamente. Crianças com seus celulares em uma idade cada vez mais tenra preferem se comunicar, mandar fotos, produzirem-se, viver uma vida mais adulta mais e mais cedo.
As novelas servem de via para colocar as ideias que a sociedade julga ser o senso comum. Relações conturbadas, interações sensuais, o respeito cada vez menor às autoridades.
Mesmo com 40 anos não consegui assistir com certo constrangimento e tristeza a luta voraz entre o Homem de Ferro e o Capitão América - dois heróis que fizeram parte de minha infância e que eu queria ser quando crescesse. E o Super Homem lutando contra o Batman?
Aí surgem os vilões montando um Esquadrão Suicida. Valores totalmente alterados em uma sociedade que está tentando reinventar, redescobrir e reinserir pensamentos nas pessoas.
E vemos no Facebook postagens com xingamentos à polícia ao passo que defendem o outro lado. Cheguei a ver consternado uma postagem comemorando a morte de um PM.
Vejo gente xingando o governo que diz ser corrupto, vejo gente defendendo o mesmo governo. Vejo um dos países mais poderosos e cultos elegerem o improvável.
E eu, fazendo parte de tudo isso, com essa chuva de ideias e conceitos novos, pergunto-me: em que me tornei? Sou ainda o mesmo de outrora ou estou me deixando pouco a pouco influenciar pelos conceitos com que me bombardeiam?
É nessa luta que fico pensando nas palavras de Oscar Wilde: "Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe".


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O que realmente vale a pena

Estive meditando estes dias, durante meus períodos de vigília noturna, sobre o que não valeu a pena e sobre o que realmente valeu a pena me preocupar em minha vida.
Tem certas coisas que parecem ser o fim do mundo no momento em que acontecem, mas depois de um tempo, parecem não representar nada.
Lembro-me, por exemplo, de quando esqueci de estudar para uma prova de Inglês quando estava cursando o ensino fundamental. Parecia que iria acabar o mundo, que eu iria repetir de ano, que iria decepcionar todo mundo.
Fiz a prova e até que me saí razoavelmente bem (7,5 me parece uma nota boa para quem nem se lembrava que haveria prova).
Mas o fato é que hoje, lembrando-me deste fato, vejo que não era motivo para tanta preocupação. Assim como tantas outras coisas que aconteceram em minha vida: compromissos que perdi ou me atrasei; namorada que me deixou e hoje não sinto nada por ela; emprego que perdi e que foi mais uma libertação que sofrimento.
Agora, tem certas coisas que realmente valem a pena se preocupar e marcam. Como quando eu, com 10 anos, gritei com minha mãe e ela apareceu cinco minutos depois com um presente de aniversário para mim.
Ou quando, aos seis anos, usando uma espada de plástico, bati com força nas costas de meu pai porque eu estava irritado.
Começar a escrever meu livro, palestrar, casar-me... decisões que mesmo passando os anos marcaram e até hoje têm valor.
Nunca pedi perdão ao meu pai ou minha mãe pelas atitudes inconsequentes que tive (apesar de que isso não me traumatizou, sei que eles me perdoariam e dariam uma lição de moral e ficaria tudo bem).
Mas o que quero dizer hoje é: pese tudo aquilo que lhe preocupa hoje. Será que valerá a pena daqui a algum tempo? Se não, vale a pena se preocupar?
E fica para pensarmos as palavras de Osho: "Não se preocupe com a perfeição. Substitua a palavra "perfeição" por "totalidade". Não pense que você tem de ser perfeito, pense que tem de ser total. A totalidade dá a você uma dimensão diferente".


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Palestra na ACE

Tenho o prazer de convidar a todos para assistirem a palestra "Razão e Emoção - a Poesia como Agente de Equilíbrio da Vida", que será realizada no dia 17 de novembro, quinta-feira, às 19h30, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Espírito Santo do Pinhal.
Será uma grande oportunidade de conhecer meu trabalho. A entrada é franca.

Na ocasião, será feito o lançamento da palestra motivacional "O Vendedor é um Poeta: porque Vender é uma Arte!". Uma oportunidade de incentivar a linha de frente do comércio, incrementando as vendas para este Natal.

Deixe-me em paz!

Sim, temos que ser positivos, estar de bem com a vida, ser bom com as pessoas.
Mas somos seres movido a energia e tem dias (ah, que dias!) em que estamos com a energia para baixo das reservas. 
O filósofo Heráclito escreveu: "O caminho para cima e o caminho para baixo são um único caminho". Realmente, não subimos sempre, temos momentos de descida e precisamos respeitar estes momentos.
Então, antes de destilarmos veneno em quem não merece, dar patadas em quem não precisa, responder mal-educadamente para quem vem conversar, convém procurarmos um pouco de reclusão.
Repor as energias é completamente normal e aceitável. E cada um tem sua Torre de Marfim, seu local preferido para repor as energias e repensar seus objetivos.
Geralmente, buscar a natureza é o ideal para muitas pessoas. Uns gostam do verde, outros, da água. Há os que preferem a escuridão apenas com o resplandecer da lua.
Tem quem prefira ficar na cama.
Seja o que for, procuremos momentos de paz para centralizar nossos pensamentos, voltar a termos foco em nossos objetivos, repensar as atitudes e renovar as energias para continuar a caminhada, de uma maneira positiva.
E quando nos depararmos com alguém que esteja precisando de um pouco de paz, vamos colaborar, dar o tempo necessário para a pessoa se recuperar. Nestes casos, a pessoa não precisa de ajuda, precisa apenas de paz e de um tempo. É um processo de auto-recuperação. Basta deixar a pessoa um pouco sozinha que ela ficará bem.
Depois disso, via de regra, voltemos a ser positivos e a querer mudar o mundo. São palavras do escritor Norman Peale: "O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado, mude seus pensamentos e você mudará seu mundo".


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O absurdo dos beliebers!

Cazuza não deveria ter pedido: "Brasil, mostra a sua cara".
Sou totalmente a favor que os pais incentivem os gostos de seus filhos, que os motivem a ir em frente em seus sonhos, invistam na formação intelectual de sua prole.
Mas hoje fiquei estarrecido ao ver que muitos adolescentes estão acampando em um estádio no Rio de Janeiro para conseguirem um bom lugar para assistir ao show do ídolo teen Justin Bieber, que será daqui a cinco meses!
Não vou questionar as atitudes destes adolescentes (que se autodenominam Beliebers) porque sabemos que ainda não formaram totalmente seu intelecto e talvez venham a se envergonhar destas atitudes no futuro.
Mas que dizer de pais que permitem e incentivam os filhos a dormir em barracas esperando um show musical?
Observando este vergonhoso acontecimento, fica fácil entender que as prioridades brasileiras passam bem longe da utopia da Educação de qualidade, eleitores conscientes, fim do jeitinho brasileiro, igualdade de direitos.
O que eu quero não é passar na faculdade, eu não quero que o político eleito não desvie milhões enquanto pago fortunas de impostos, não quero saúde de qualidade. Eu quero é ficar no gargarejo do Justin!
Reclamamos da política do Pão e Circo, mas com matérias deste tipo comprovamos que estamos implorando pelo circo. Já foi Copa do Mundo, já foram Olimpíadas. Não critico estes eventos, mas já aconteceram, tivemos nossa cota de circo, agora vamos trabalhar, fazer girar o motor do país.
Pois agora será Rock in Rio, e show do Justin Bieber.
Pais, ajudem a endurecer um pouco a moleira de seus filhos. Não os deixe gelatinizar os cérebros. Nada no mundo (nem shows, nem palestras, nem fenômenos) justificaria uma espera em barracas por cinco meses. Quanto mais este cantor canadense que, quando esteve no Brasil em 2013, envolveu-se em polêmicas por pichação e por dormir com uma garota de programa?
Resta a dúvida: será que os pais têm autoridade para proibir os rebentos de fazer essa besteira? Mas isso é assunto para outro ensaio.
No mais William Shakespeare poderia estar pensando nesta notícia quando escreveu: "Embora a autoridade seja um urso cabeçudo, pode ser conduzida, muitas vezes, pelo nariz com um cordão de ouro."

fonte: site Jovem Pan FM

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Vídeo - droga da obediência

Já escrevi no blog sobre um dos motivos que leva os jovens a entrar no mundo das drogas pela porta da  frente. E esse motivo lembrou-me o livro "A droga da Obediência" de Pedro Bandeira. Confira no link abaixo o vídeo que fiz sobre este assunto.



terça-feira, 1 de novembro de 2016

Não somos uma linha reta

Trezentos e cinquenta e seis. Este é o número de sentimentos humanos catalogados pela Ciência. Somos realmente um grande armazém de sensações, uma caixa de pandora repleta de emoções que surgem e somem, uma a uma, a cada instante.
Impossível imaginar que sigamos um dia inteiro em linha reta, com um sentimento apenas, sem nenhuma alteração de atitudes e de humor.
Depois que comecei a desenvolver meus sonhos, percebi que me tornei uma pessoa mais agradável, mais feliz e menos depressiva.
Mas tem dias, como ontem, em que eu estava enraivecido. Não sem motivo, mas os motivos não valiam a pena e nem justificariam minhas atitudes.
Fui grosseiro, ranzinza, chato.
E estou escrevendo isto não para fazer um mea culpa. Eu quero aproveitar a situação para dizer a todos que não devemos nos culpar por nossos sentimentos.
Talvez nos arrependamos de ações impensadas, mas de sentimentos não podemos nos culpar, porque eles estão todos dentro de nós e em algum momento pedem para sair.
Sua personalidade é exatamente isto: uma pessoa cheia de sentimentos e estes extravasam vez por outra. Quem o ama, vai entender a situação.
Seja sempre você, coloque seus sentimentos para funcionar. Não se arrependa de ser humano e expor o que sente.
Somente assim você se sentirá completo. E quem é completo, é feliz.
É uma situação complexa, como explanou Fernando Pessoa: "A maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar".


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A Milena me ensinou

Hoje eu estive na casa de meu amigo Ricardo Brigagão tomando um Nespresso (um é modo de dizer...foram três!!!) e aproveitei para visitar a princesinha Milena.
Ela estava lá, toda lindinha, delicada como um botão de rosa. Mas soube que deu trabalho para dormir nas noites anteriores.
Foi então que a Karen colocou a Milena no carrinho para dormir e avisou ao marido: nada de acostumar a bebê a dormir no colo, senão ele teria que embalar a pequena no colo daqui para a frente.
E eu, que presenciei a cena, aprendi uma lição com a Milena: todos nós estamos em um eterno aprendizado e cada um, por maior ou melhor que seja, sempre precisa aprender alguma coisa.
A Milena estava aprendendo a dormir sem ser chacoalhada no colo.
O Ricardo estava aprendendo a deixar a filhinha dormir sozinha, resistindo à tentação de pegá-la no colo para fazê-la dormir.
E eu estava aprendendo que o universo nos ensina em todos os momentos.
Tudo é aprendizado e, assim como no caso das oportunidades, temos de estar atentos para recolher as informações e aplicá-las em nossas vidas, para sermos pessoas melhores.
Desde que acordamos, estamos sendo ensinados e deixamos escapar a chance de aprender, umas vezes por preguiça, outras vezes por distração.
As grandes lições podem estar nas pequenas coisas.
Um bom dia que recebemos de alguém pode nos ensinar o que é simpatia.
Um café que tomamos com um amigo pode nos dar uma valiosa lição de hospitalidade.
Uma conversa com alguém pode nos dar a oportunidade de encarar um assunto de outro ângulo.
Por isso, vamos ficar atentos e sempre aprender mais.
Ah, e não vamos reter conhecimento: aquilo que aprendemos, devemos passar para a frente.
E encerro a consideração de hoje com a maravilhosa e poética frase de Leonardo da Vinci: "Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o Céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe".


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Evite certas pessoas

Ninguém é melhor do que qualquer outra pessoa. Somos todos iguais em nossa constituição.
Contudo, nossa formação, pensamentos e sentimentos variam de pessoa a pessoa e algumas atitudes podem certamente nos fazer mal.
Há alguns tipos de pessoas que devemos evitar. Ainda, temos de nos policiar para não ser um tipo de pessoa a se evitar. Vou descrever alguns:
Primeiro, existe o cara de pau: ele pede ajuda sempre, mas nunca pergunta sequer como foi seu dia. Não está preocupado com você mas sim com o que você pode propiciar a ele.
Tem também o pessimista, um tipo de de pessoa que vai além de questionar, ela só enxerga dificuldades e consegue nos desmotivar por completo.
A pessoa de língua afiada, cujo maior passatempo é falar mal da vida dos outros também deve ser evitada. Se ela fala mal dos outros pelas costas, será que não está neste momento falando de você?
Evite também a pessoa manipuladora, que sempre consegue o que quer. Ela faz elogios, dá presentes, faz carinhos, mas com o único propósito de conseguir algo de você, quer seja um favor, um serviço ou qualquer outra coisa.
A pessoa que explode fácil também não é uma boa companhia, porque não sabemos quando ela pode desabar o mundo inteiro em cima de você.
Ainda existe aquela pessoa tipo juiz, que está sempre com a razão e julgando seus atos e modos.
E, por fim, temos o sádico. Aquele tipo de pessoa que tem prazer na dor alheia. Por motivos óbvios, evite-a.
Conviva com pessoas positivas, que colaborem para sua felicidade e desenvolvimento pessoal.
Que ecoem as palavras de Sigmund Freud: "O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver".


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Está triste?

Nós somos uma caixa de emoções.
Quando falamos em sentimentos, talvez pensemos primeiro no amor. Mas muitos se esquecem de que há uma infinidade de sentimentos que temos: raiva, inveja, saudade, felicidade, alegria, compaixão, ciúme, prazer... e tristeza.
Assim como nosso corpo precisa de diferentes tipos de nutrientes - carboidratos, proteínas, vitaminas, sais minerais - nós também precisamos passar por estes sentimentos.
Não aguentaríamos ficar 24 horas com apenas uma emoção, mesmo que seja alegria.
Por isso, é normal que haja momentos de tristeza.
Mas temos que aproveitar esse momento de baixa energia para nos colocarmos em reflexão, preparação, planejamento. Tirar proveito do momento de tristeza é a melhor maneira de se lidar com esse sentimento.
E não perder o foco em nossos sonhos, porque isso é que vai nos fazer sair desse sentimento negativo e novamente acender o desejo de prosperar e de ser feliz, mudando o mundo a nosso redor.
Não se culpe por estar triste, mesmo sem motivo, isso acontece. Mas tenha em mente que é um sentimento passageiro e que seu caminho rumo ao sucesso tem que continuar.
O mundo precisa de você! Respire fundo, descanse para repor as energias e siga em frente!
O artista plástico e escritor libanês, Khalil Gibran, ajuda-nos a enxergar melhor a importância dos momentos BREVES de tristeza: "Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria".


terça-feira, 25 de outubro de 2016

A palavra mágica

Quem não conhece a famosa palavra mágica Abracadabra, exaustivamente utilizada em filmes, peças teatrais e pelos mágicos?
Uma palavra cheia de poder, com sua aura de mistério, usada pelos grandes ilusionistas.
Mas se repararmos bem, toda a vez que se ouve Abracadabra, esperamos algo mais: um coelho saltando da cartola, uma flor de plástico virando pomba, uma assistente serrada em duas que volta a andar normalmente como se nada tivesse acontecido.
A palavra, em si, não teria poder se não fosse seguida de uma ação extraordinária.
Da mesma forma, quando crianças, aprendemos de nossos pais que existem palavrinhas mágicas: obrigado, por favor, desculpe, entre outras.
E estas palavras também só são mágicas se vierem seguidas de uma ação positiva. Do contrário são palavras jogadas ao vento, como outra qualquer.
Se, por exemplo, eu peço desculpas e não conserto o erro, estou apenas falando uma palavra sem valor.
Se eu falo a uma pessoa "com licença" mas fico empurrando para ela sair da frente, a palavra que proferi não tem sentido algum.
Se eu falo que gosto de uma pessoa, ou mesmo que a amo, e não demonstro com fatos concretos de cuidado e zelo, que magia existiria na palavra amor?
Assim como o sonho não é nada se não corrermos atrás de sua realização, nossas palavras não valem nada se não as concretizarmos em nossos atos.
E no fim das contas, agir é melhor do que falar, porque como expressou Marthin Luther King: "No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos".


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Minha vida não entrego

Um palestrante norte-americano, ex-combatente que lutou na guerra do Vietnã, relata em suas palestras as agruras que passou enquanto esteve como prisioneiro nas mãos dos vietnamitas.
Segundo ele, havia sessões diárias de espancamento aos prisioneiros e faltava comida. Na verdade, os soldados vietnamitas não tinham comida nem para eles, quanto mais para os prisioneiros.
Foi então que um dia, numa negociação para troca de reféns, ele ganhou sua liberdade e pôde voltar a solo americano. Somente ele sobreviveu à prisão.
Mas o que aquele soldado fez para manter-se vivo? Ele respondeu que foram dois pensamentos que o mantiveram vivo: primeiro, a firme convicção de rever sua esposa e filhos. E o segundo, é que apesar de a morte ser o caminho mais fácil, ele estava convicto que se eles quisessem, os vietnamitas é que teriam de matá-lo, pois ele não iria se entregar facilmente para a morte.
Agora eu assumo para interpretar essa palestra.
Em nossa vida, temos que ter duas convicções para realizar nossos sonhos: a primeira delas é que desejamos mudar o mundo para ele ser melhor para as pessoas que amamos. Quer seja para nossos filhos, esposa, pais, nossos sonhos precisam fazer o mundo melhor.
E nossa segunda convicção é que ninguém, eu repito, NINGUÉM pode fazer você desistir de alcançar suas metas e realizar seus sonhos. Não deixe entrar na sua mente pensamentos negativos de que não vai dar certo. Blinde-se de pensamentos maus e não os deixe tirar o brilho de seus olhos.
Como Gandhi deixou bem claro: "Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer".


sábado, 22 de outubro de 2016

Eu te amo, Falsiane!

Em minhas palestras, ressalto a importância em equilibrar nossa vida, numa sociedade tão cheia de razão, com uma boa dose de emoção.
Os tempos mudaram, e os sentimentos precisam estar permeando os pensamentos racionais para que tudo possa ocorrer dentro da normalidade, dentro do equilíbrio.
Mas há uma vertente que vem me chamando atenção. As adolescentes a denominaram "Falsiane".
Quem se aventura pelo Facebook, vai notar o que digo: há uma maré de postagens em que a palavra "amor" e suas derivações viraram doce nos dedos dos facers.
Cada foto postada, vemos um exército de emoticons (aqueles desenhinhos) de coração e a frase: "te amo para sempre", "meu mozi", "amorzinha", "minha amada" e por aí vai.
Mas o sentimento, via de regra, é semente. Precisa ser plantado e cultivado. Não se ama sem história.
Amor à primeira vista é paixão. Amor sem história é devaneio.
Conheço pessoas que postam que amam, depois xingam, amanhã estão "de mal", depois fazem as pazes, então não se falam mais.
Claro que os adolescentes estão numa época em que afloram os sentimentos, e eles tentam experimentá-los todos ao mesmo tempo. Mas tem gente que carrega isso para a vida adulta. Não seja uma Falsiane, que finge sentir algo, mas não o demonstra.
Sentimentos são demonstrados. Não dá para esconder uma árvore frondosa. Da mesma forma, um sentimento bem arraigado e verdadeiro não dá para se disfarçar.
Fuja dos rótulos, evite o modismo. Dizer "eu te amo" para tudo e todos está na moda. Seja mais original e fale o que realmente sente.
Vamos abrir a temporada de caça às Falsianes. Extingui-las.
E para todas as Falsianes, ofereço a frase de Cazuza (que com certeza elas aaaamam): "Não quero que finja sentimentos por mim, não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la. Só quero o que for verdadeiro".


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Receita para ser feliz

Ao falar sobre felicidade, cantou Mário Quintana:

"Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!"

Segundo Aristóteles, o ser humano encontra a felicidade a partir do momento em que descobre seu potencial e o desenvolve.
A filosofia aristotélica aponta para o pleno desenvolvimento de nossos dons como o supra sumo de nossa felicidade, a característica da plena realização da vida.
Dando um enorme salto temporal, chegamos ao cristianismo. E Jesus Cristo, quanto sábio, difundiu o pensamento de que a plena realização humana, o supra sumo da felicidade do homem, é quando este ajuda outro homem.
Encontrar o sentido da vida em ajudar os outros é o que os cristãos acreditam como sendo o grande caminho para a realização e, consequentemente, da felicidade.
Então unimos estes pensamentos.
E podemos constatar que a plena felicidade, a maior realização, é quando descobrimos nossos dons, os desenvolvemos em sua plenitude e os utilizamos para ajudar os outros.
Em minhas palestras, eu sempre friso: o importante não é ganhar muito dinheiro. O mais importante é mudarmos o mundo.
Quando mudamos o mundo, e o tornamos um lugar melhor para todas as pessoas, estamos cumprindo com nossa função qual habitantes deste planeta. Nossa vida tem realmente sentido e teremos satisfação.
E desenvolver nossos dons à plenitude garante para nós a consciência  de que estamos fazendo o nosso melhor, sem frustrações, sem nenhuma sensação  de que "falta alguma coisa".
Assim, seguindo esta fórmula, teremos uma felicidade plena, um sentimento de utilidade, e compartilharemos do pensamento de Goethe: "Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira".


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Pedindo pra sofrer

Tem gente que realmente pede para sofrer, justamente porque se recusa a enxergar as oportunidades que surgem em suas vidas, quer pequenas, quer grandes. Como se fisgasse um peixe de dois quilos e solta, porque quer pegar um de cinco. E acaba morrendo de fome.
O comércio em minha cidade, Espírito Santo do Pinhal, tem muito disso. Empresários não investem em palestras motivacionais porque acham que seus funcionários têm a obrigação de estarem felizes, afinal "em momento de recessão, eles têm emprego".
Outros não enxergam um palmo à frente do nariz de oportunidades de investir muito pouco e ganhar uma grande divulgação. Esquecem que a alma do negócio, dizem, é a propaganda.
Talvez satisfeitos pelos seus pífios resultados, acreditam que não precisam crescer mais. Empreendedorismo passa longe desses.
Invistam no ser humano, senhor comerciante, senhor empresário, senhor "empreendedor". Em tempos de crise, é este seu melhor investimento. Você não precisa de funcionários, precisa de colaboradores.
Investir em propaganda também faz o negócio prosperar.
Um funcionário motivado, sorrindo, disposto a solucionar os problemas do cliente é um agente positivo, que atrai pessoas, que atrai dinheiro para a empresa.
Agora, se o patrão o trata como detalhe, o cliente para ele também será detalhe e os lucros serão aqueles miseráveis que você está acostumado.
Invista em seu pessoal, dê a eles reconhecimento, condições de trabalho e um sorriso. Eles com certeza darão em troca dedicação, trabalho bem feito e sorriso aos clientes.
Mas alguns pedem para sofrer. A esses, deixo a frase do empresário americano Robert Karch: "Nem todas as empresas precisam investir em qualidade de vida, promoção de saúde ou coisa parecida. Só aquelas que querem ser competitivas no século XXI".


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Meu receio do Outubro Rosa

No Brasil, faz muito sentido aquela frase popular: "cão de muitos donos morre de fome".
Se fosse na Suécia, ou na Noruega, um cão de muitos donos talvez ficasse abarrotado de comida e com o pote transbordando de água, porque todos cuidariam.
Mas nas terras tupiniquins, a história é outra. Se eu posso deixar para outros fazerem, porque eu iria me preocupar?
Nessa onda de pensamento, ou nessa vibe como está comum falarem, o mosquito da dengue, para citar um exemplo, navega tranquilamente, proliferando-se e transmitindo suas doenças.
Isso porque o governo solta o fumacê, visita casas, orienta, mas justamente a parte que depende da pessoa em particular... ah, essa parte fica comprometida.
Um morador revira o quintal em busca de criadouros, fura pneus, vira garrafas... e o outro continua tomando sua cervejinha, com o quintal empesteado de criadouros e pensando que os outros estão perdendo tempo.
Mas minha preocupação é com o outubro rosa, a prevenção do câncer de mama.
Porque mais uma vez a prevenção depende da pessoa. Não tem meio mais importante para detecção do câncer do que o auto exame, do que a observação no espelho depois do banho.
Mas esbarramos novamente com o pessoal do "pra que fazer isso?" a turma do "deixa pra lá", aqueles que acham que é melhor não procurar, senão a doença aparece.
Novamente vemos campanhas de orientação, vemos movimentação na praça, vemos cor de rosa espalhado em prédios públicos.
E tudo fica na dependência dos "muitos donos" realizarem sua parte, fazer o exame, diagnosticarem-se para tratar esse mal que aflige tanto as mulheres e, por consequência, a família toda.
Mulher, cuide-se! Não basta vestir rosa, tem que se tocar, tem que examinar, tem que se amar. Colabore, fazendo sua parte, algo que só você pode fazer.
Para finalizar, queria lembrar a constatação do pesquisador Charles Darwin: "Na história da humanidade aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar foram os que prevaleceram".


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Além da palestrinha

Adepto da teoria da mente sã em um corpo sadio, vou à academia de três a quatro vezes por semana e pratico running, uma modalidade de corrida em ruas e estradas de terra. Sempre pela Sport Life Academia, claro.
E no dia 16 de outubro, domingo, participei da 10ª Corrida do Café, promovida pela Associação de Atletas de Pinhal. Corri 10 quilômetros.
Mas um fato acontecido durante a corrida me fez terminar a prova meditando e ir dormir também pensando no assunto.
Eu estava correndo e em determinado momento passei por um pedestre que me reconheceu e gritou: "PC, pensa que é só dar palestrinha? Ficar sentado é fácil"
Eu não fiz uma boa prova, o sol estava terrível e faltou água o percurso inteiro, mas a minha meta era terminar o percurso inédito para mim, haja vista que eu só havia participado de corridas de cinco quilômetros. Eu estava simplesmente tentando dobrar minha performance e estava realmente difícil.
Confesso que pensei 101 vezes em desistir, mas aquela frase ecoando em minha mente me fez encontrar algumas reservas de energia: eu iria completar a prova de qualquer jeito!
Com efeito, e com a ajuda de um amigo corredor que não estava participando mas me acompanhou metade do percurso para me incentivar, cheguei à reta final e cruzei a chegada, recebendo e fazendo jus à medalha de participação.
Só que pensei muito no ocorrido. Tive a certeza de que não poderia, e nem deveria, deixar de lado o que já conquistei para alcançar novos objetivos, sendo que o mais acertado era fazê-los se harmonizar em minha vida.
Concordo que certos alvos exigem que abdiquemos de certas atividades que ocupam muito espaço e nada trazem de retorno. Precisamos diminuir festas, diversões para passar em um vestibular ou ir bem em um concurso de emprego, por exemplo.
Mas atividades físicas, família, hábitos saudáveis não podem dar lugar a outros alvos e objetivos.
Eu estou me dedicando, sim, à carreira de palestrante e espero ser bem-sucedido nessa jornada. Mas quero chegar lá com saúde.
Completei a prova, fui além da palestrinha!
Como disse Gandhi: "A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita".


sábado, 15 de outubro de 2016

Quem merece uma lágrima?

Sorrir é uma dádiva que devemos ofertar a todos.
Sorrir para os amigos é sinal de que nos fazem bem e que os queremos sempre em nossa vida.
Sorrir para quem amamos é uma demonstração de que desejamos essa pessoa sempre por perto.
Sorrir para os inimigos é a prova de que eles não nos afetam e que, ao contrário do que eles nos desejam, estamos bem.
Agora, a minha pergunta principal é: para quem devemos chorar?
Estou pensando na frase do fotógrafo e escritor contemporâneo Tuca Neves: "A lágrima é a prova fiel de que dentro da gente bate um sentimento puro e sincero".
É verdade que chorar torna a pessoa mais forte, uma vez que lhe clareia os pensamentos, alivia as tensões e a liberta da vergonha de expor sentimentos negativos, tal como a tristeza.
Contudo, não é qualquer pessoa que merece presenciar nossas lágrimas. Pessoas que se alegram com nossos momentos de entrega, pessoas que ansiaram por ver nossas lágrimas, pessoas que não se dispõem a cessá-las...essas pessoas não merecem que se derrubem pérolas por elas.
Porque lágrimas são como pérolas. A valiosa demonstração de sentimentos é importante demais e somente pessoas especiais merecem presenciar.
Chore, sim, porque é bom. Mas chore somente diante de quem merece, ou chore sozinho.
Ah, e não chore por motivos podres. Chorar por uma desilusão amorosa, não! Chorar por sair de um emprego medíocre? Não! Chorar porque algum infeliz falou palavras duras a você? Claro que não!
Chore porque você acreditou em alguém e se enganou, chore porque você perdeu tempo utilizando seus talentos em um serviço pífio. Chore pela dor de segurar algumas boas respostas e que você engoliu simplesmente para não se rebaixar ao lodo em que outra pessoa estava ao ofendê-lo.
Você é uma pessoa valiosa. Você se ama. Você pode mudar o mundo e precisa estar bem para que isso aconteça.
E não se esqueça do que disse Cazuza: "Ninguém nunca mereceu o meu choro, nem a falta de apetite".


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Ah, esse trabalho escravo!

Não são poucos os pensadores que atribuem um bom trabalho ao fato de gostarmos do que fazemos.
Confúcio disse "escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida".
Na mesma vertente, Shakespeare comentou: "Para o trabalho que gostamos, levantamo-nos cedo e fazêmo-lo com alegria".
E até Buda aconselhou: "Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o coração, dedicar-se a ele".
Concordo que trabalhar em algo que gostamos ameniza as dificuldades. Mas imagine um cantor que naqueles dias em que está sem paciência sequer pode sair ao supermercado para fazer compras para não ser agarrado pelas fãs. Ou que mesmo estando triste tem de subir ao palco para cumprir um compromisso de show.
Imagino o jogador de futebol que mesmo indisposto tem que dar o seu melhor na partida de futebol ou treinar mesmo com uma preguiça danada.
Tudo exige sacrifício.
Agora, a Revolução Industrial cometeu um verdadeiro crime ao separar as cabeças pensantes da mão de obra.
De um lado, ficam os que gerenciam, decidem e têm as ideias. Do outro, aqueles de quem só interessa a mão e que, portanto não precisam pensar. "Eu pago você pra trabalhar, não pra pensar", dizem muitos patrões.
E se levarmos em conta que o que nos coloca em vantagem sobre os animais é o fato de pensarmos, se isto nos é tirado, o que nos sobra?
Então o trabalho se torna um castigo, pois não podemos pensar, opinar, colaborar com o que temos de melhor. Simplesmente temos de produzir.
O RH faz testes de aptidão que não mostram aptidões, mas somente provam se conseguimos fazer risquinhos ou bolinhas sem errar.
A empresa mede produtividade, como se os empregados fossem animais a serem qualificados por números. Ou descartados por causa destes números.
Por isso, a sexta é o dia mais querido da semana, em vez de o domingo. Naquele, acaba o sofrimento, neste, prepare-se que tudo vai recomeçar.
Então repense seu papel, reveja seu lugar. Se não está contente, comece já a dedicar-se em trazer mudanças em sua vida. Abra os olhos para as oportunidades, meça o tamanho de suas pernas e caminhe para ser feliz.
Assim disse Henry Ford: "Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele".


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Você me magoou!

Escrevi no dia 12 de outubro um haicai e ofereci a uma pessoa que se acha adulta mas é imatura. O haicai é um estilo de poema de origem japonesa escrito em três linhas que contemplem cinco sílabas poéticas na primeira linha, sete na segunda e cinco na terceira, totalizando 17 sílabas. Então escrevi:

Vento que passou,
Moinho já está parado.
Quem era, ventou.

Gostaria, com base neste haicai, de desenvolver meu texto de hoje, alertando para o perigo de possuir uma visão distorcida sobre si mesmo, imaginando-se como sendo exemplo para a humanidade em conduta e em modo de agir.
Claro, o que sinto é um pouco do que Nietszche escreveu: "A vaidade dos outros só vai contra o nosso gosto quando vai contra a nossa vaidade". Isso porque a atitude da pessoa nos magoa e ficamos pensando: por que ela não pensou antes de falar? Não imaginou que iria me deixar triste?
E agora venho eu com um raio de sensatez: ESQUEÇA! Não se martirize em tristeza e pranto por causa de atitudes pueris que sejam tomadas contra você.
Em vários de meus textos ressalto a importância de viver em função de nós mesmos, na intenção de mudar o mundo para todos. Consequentemente, não devemos deixar que influências externas, sejam de quem for, venham tirar nossa motivação e nos deixar deprimidos. Ninguém, repito, ninguém merece um suspiro seu, quiçá uma lágrima.
A pessoa que sempre se acha correta e que fala sem pensar se vai ofender ou magoar alguém está agindo por vaidade e, segundo Machado de Assis, "a vaidade é um princípio de corrupção".
Portanto, não se deixe corromper por palavras duras. Cada um entrega ao semelhante aquilo que tem para oferecer. Uns oferecem carinho e beijo, outros, palavra que machuca.
Por isso, como em meu haicai, deixe o vento que passou ir embora, ele já não serve para mover o moinho. Ou, se preferir as palavras de Honore de Balzac: "Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir".


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Aceite-me, por favor!!!

Tem vezes que erramos por detalhes. Um foco errado e colocamos todas nossas ações a perder.
O ser humano age para ser aceito, ele principalmente anseia por estar na moda porque teme errar diante da maioria... e estar na moda, em tese, é estar com a maioria.
Não seja um títere para agradar outros.
Mas ao mesmo tempo que os seres humanos são muito semelhantes em sua constituição, eles ao mesmo tempo são muito diferentes em sua formação, em suas concepções e conceitos. Então forçosamente há de acontecer algumas mudanças para surgir a harmonia.
Vamos destrinchar estas ideias.
Em primeiro lugar, não se deve achar que o mundo ao seu redor deve mudar para sua conveniência. Não tente mudar seus filhos, seu cônjuge, seus empregados ou colegas de emprego, tampouco tente mudar seus amigos. Não tente mudar os outros, porque o mundo é alheio a suas ações, você não consegue mudar o mundo atuando diretamente nele. Ninguém vai gostar de funk ou do Safadão só porque você tem mau gosto.
Quem deve mudar então é você. Mas aí se esconde o erro que mencionei no início do artigo: você quer mudar por quem? Pelos outros? Está errado!
Mudar somente para ser aceito, seguir uma tendência ou moda apenas para sentir-se querido pelas pessoas é o maior atentado contra sua própria pessoa. Você tem personalidade ou é um títere, com as cordinhas amarradas em seus braços e guiados por algum manipulador?
Se tiver de mudar, a única pessoa que merece sua mudança é você mesmo.
Não erre tentando agradar os outros. Conheço uma moça que posta, ouve, veste, usa, tatua, fala em gírias não porque são traços de sua personalidade. Vejo nela uma marionete guiada pelas amizades e pela sociedade. Ela deveria vir com um rótulo escrito "artificial".
E não sou eu que invento isso, o escritor Edgar Allan Poe foi quem escreveu que "é de se apostar que toda ideia pública, toda convenção aceita seja uma tolice, pois se tornou conveniente à maioria"
Fuja da moda, use-a quando lhe agradar e não para agradar. E depois que fizer as mudanças, reveja as pessoas ao seu redor, esse é o segredo. Não procure apenas quem você gosta, mas procure quem goste de você.
Aplique, como eu apliquei, a frase do grandioso cineasta Federico Fellini: "Aceita-me tal como eu sou. Só então poderemos descobrir-nos um ao outro".


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Sobre brigas, crianças e bruxas

Se eu quisesse andar nu, jogar lixo no chão e ouvir Wesley Safadão ou funk sem fone de ouvido, deveria me isolar do mundo, vivendo em um local perdido no meio de uma selva. Quem prefere viver em sociedade, deve seguir regras de conduta e boa vivência. Mais óbvio, impossível.
Durante minha breve passagem por Poços de Caldas tive muitos momentos bons. Porém preciso comentar alguns tristes episódios que presenciei para nos fazer pensar e rever se precisamos mudar.
Durante dois dias apenas, foram quatro brigas ou discussões que aconteceram perto de mim. Uma mãe deu a maior bronca na filha adolescente, entre gritos e gestos, em meio à multidão. E constranger um adolescente não me parece a melhor maneira de ganhar sua confiança.
Houve o episódio do rapaz que passou perto de um trailer de lanche e ficou trocando ofensas com um funcionário. O motivo, pelo visto, não era referente ao atendimento, era alguma rusga pessoal que estava sendo lavada no momento do serviço de um deles.
Teve também um casal de meia idade que estava no maior bate boca, com direito ao homem segurar no pescoço da mulher, numa clara demonstração de machismo e de violência.
E ainda duas mulheres que brigaram porque uma delas queria passar na calçada e empurrou uma criança. A criança reagiu, chutou a mulher e contou para a mãe. E a mãe queria até chamar a polícia porque a filha disse que fora agredida. Lembrei-me dos tempos de inquisição, quando clérigos queimavam mulheres só porque "inocentes" crianças diziam que estas eram bruxas.
Vendo esses episódios, lembrei-me das palavras do escritor francês George Duhamel: "O homem é incapaz de viver só, e é incapaz também de viver em sociedade".
Ontem mesmo ouvi o palestrante Paulo Vieira dizer algo muito interessante. Por não termos coragem de mudar a nós mesmos, queremos mudar os outros: nossos filhos, nossos pais, nosso cônjuge, as pessoas ao nosso redor. Queremos que todos se adequem ao nosso estilo de vida, quando na verdade nós é que precisamos nos adequar para bem viver com os outros.
A mudança começa em nós. Nunca nos esqueçamos disso. Ah, e não dê tanto ouvido a brigas de crianças, elas esquecem em fração de segundos. Não vale a pena queimar uma bruxa por causa delas.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Vídeo: Passo maior que a perna

Está no ar mais um vídeo do canal Só Entre Nós!
Desta vez, eu falo sobre o costume de muitas pessoas em dar o passo maior do que a perna.
Clique no link abaixo, inscreva-se no canal e dê seu gostei!


Se cair do céu, pegue!

Quero concluir hoje a história de meu amigo Pupila. Quero contar a segunda lição que aprendi com ele: quando algo cai do céu, pegue!
Na postagem anterior falei do sonho que ele teve com macarrão na chapa. Do sonho que ele colocou em prática.
Mas enquanto ele me contava esta história, um turista passou e perguntou para ele: macarrão na chapa? E pastel na chapa, você faz?
Qualquer um iria ignorar aquela gozação, mas o Pupila voltou-se curioso dizendo: Nunca ouvi falar, existe isso?
O turista, cujo apelido é Brutus e é de Mogi Mirim - SP, acrescentou que ele perguntou porque em sua cidade ele possuía um trailer onde fazia esse tipo de pastel.
No mesmo instante, pupila arregalou os olhos, e pediu que o rapaz esperasse, pois iria buscar uma massa de pastel para ver como ele fazia o tal pastel na chapa. Era oito e meia da noite, e uma massa de pastel surgiu sabe-se lá onde encontraram para comprar.
E o rapaz mostrou como se faz um pastel na chapa totalmente light, sem uma gota de óleo e muito saboroso. Pupila aproveitou para fazer um também, e aprendeu alguns macetes de como fazer, de como dar liga no pastel para ele não ficar abrindo, qual o ponto para colocar o recheio, coisas assim.
Depois de aprendido alguns dos segredos, Pupila me confidenciou que iria modificar a receita, para ficar personalizado e que este pastel seria o carro chefe do novo restaurante que ele acabou de abrir, pois estava preocupado com o aluguel que teria de pagar do ponto comercial e aquela receita caiu do céu para ele.
Mais uma vez, uma lição caiu do céu para mim! Ele poderia ter ignorado a brincadeira do turista no início da história, mas ele enxergou a oportunidade de crescer.
As inspirações e oportunidades estão chegando até nós em todos os momentos, através de novos contatos, novas amizades e situações. E a gente fecha os olhos ao bombardeio de oportunidades que caem do céu a cada instante.
Se quiser crescer, acredite, pois o universo está colaborando para seu progresso. Só não chegará de mãos beijadas, vai exigir de nós atenção e ação.
O escritor norte-americano William Arthur Ward conclui meu raciocínio: "As oportunidades são como o nascer do Sol: se você esperar demais, vai perdê-las".

A ideia que caiu do céu no colo do Pupila: aproveite as oportunidades